As vantagens de estudar online para O ALUNO (parte 1 de 4)
Estou aqui escrevendo este artigo enquanto faço uma viagem de barco pela Itália. De fato, as aulas online revolucionaram minha relação de professora com meu trabalho. E o mesmo aconteceu com meus alunos.
Este post é o primeiro de quatro posts que têm por objetivo mostrar as vantagens das aulas online para O ALUNO, com exemplos reais das pessoas a quem venho lecionando inglês. Quero começar a série falando um pouco sobre flexibilidade de local, que é com certeza o fator mais impactante na mudança de rotina para nós:
Deslocamento
Porque não existe deslocamento, o aluno pode bloquear a quantidade exata de tempo necessária para a aula na agenda e ter aulas em qualquer lugar. Isso significa menos gasto com transporte e também flexibilidade com relação a onde as aulas podem ocorrer.
O Édio, por exemplo, decidiu aproveitar o trânsito horroroso de 2km/h São Paulo para trabalhar a conversação. Quando ele fez a proposta eu pensei,
“Why not?”
Nada como revisar a diferença entre TO and FOR a caminho do trabalho, certo?
Um leque maior de opções
Sempre que vejo alunos presenciais procurando professor a pergunta que eles fazem é: “atende no bairro tal?” Esse é, de fato, o critério que elimina vários bons professores e cursos, principalmente para quem quer atendimento longe dos centros urbanos e/ou em áreas muito movimentadas.
A flexibilidade de local permite uma maior gama de opções; ao invés de escolher o curso livre, ou o professor disponível próximo à sua casa/empresa, ou quem puder se deslocar, o aluno pode escolher alguém com quem se sinta mais confortável, o professor que for mais experiente, o curso que gostar mais.
O Pietro, que mora em Brasília, não limitou sua escolha de professor às redondezas de onde mora/trabalha. Aqui está um trecho da aula dele de present perfect com música:
Uma aula comunicativa e divertida, na qual existem 5000 km de distância entre aluno e professor.
Já o William, é um advogado que tem escritório de advocacia lindo num bairro extremamente movimentado de BH, onde o trânsito é constantemente lento. Antes de mim, ele teve, inclusive, uma ótima professora de aulas presenciais, mas a dificuldade de se locomover até ela e vice-versa acabou se tornando um empecilho, principalmente nos horários que ele queria. Com as aulas online, a região movimentada deixou de ser um problema.
Nesta aula, por exemplo, trabalhamos as diferentes formas negativas em inglês, tranquilamente. Eu, na Inglaterra; ele em Belorizonte/MG:
Aulas in-company
Aulas in-company são ótimas, mas têm dois problemas centrais: reservas de salas e interrupções.
Encontrar salas disponíveis é extremamente difícil, principalmente no horário de almoço e durante a manhã. Meus alunos tinham muita dificuldade com a falta de salas; a gente ficava igual barata tonta e muitas vezes o aluno até me dispensava porque uma reunião atrasou, ou eu acabava aguardando tempo extra para conseguirmos ter aula.
Um segundo drama que tínhamos sempre era a dificuldade com a interrupção ‘rapidinha’ de colegas que queriam só fazer uma ‘perguntinha’, mas que acabavam tomando 15 minutos de uma aula de uma hora. E lá se ia um quarto da aula discutindo problemas da empresa.
Online isso é bem mais fácil de resolver, já que o aluno pode ter aula não apenas numa sala específica mas na própria mesa, mas também no refeitório ou até, caso não queira ser interrompido por colegas, na lanchonete da esquina. Atualmente, tenho alunos que escolhem deliberadamente não ter aulas na sala onde trabalham, e outros que usam espaços diferentes do usual para ter aulas quando a empresa está com uma agenda cheia.
O Guilherme e a Karina, por exemplo, têm aulas in company sem necessariamente reservar uma sala de reuniões. O Guilherme se aproveita do horário das 18:00, quando os colegas já foram embora, e a Karina usa parte do seu horário de almoço para estudar. Quando a empresa tem alguma reunião até mais tarde, o Guilherme faz a aula dele no bar da esquina tomando um chopp geladinho. Já a Karina, se não encontra uma sala, senta em qualquer lugar da empresa, inclusive às vezes no refeitório mesmo, o que ajuda também a diminuir a timidez. Ambos escolheram horários em que têm menos interrupções para estudar.
Pessoas que viajam a trabalho
Quando eu trabalhava com aulas presenciais, alunos que tinham uma rotina pesada de viagens geralmente acumulavam diversas aulas para repor. Muitos, aliás, tinham mais reposições que aulas efetivamente ministradas. O pior é que reagendar aulas quase nunca era possível porque eles estavam sempre ocupados e quando nos reencontrávamos, já fazia tanto tempo e mais tempo desde a última aula. Basicamente, o trabalho que havíamos desenvolvido se perdera; o aluno já tinha esquecido a maior parte das coisas. Eram constantes as revisões do mesmo assunto, e vários gaps nos encontros que às vezes duravam semanas; mesmo com as reposições a produtividade do curso ficava comprometida.
Para quem viaja a trabalho, ter aula online é, de fato, a única maneira viável de ter regularidade nos estudos. O aluno que trabalha viajando pode ter aulas no aeroporto, no quarto/restaurante do hotel, ou até mesmo dentro do Uber enquanto se locomove.
A Carolina, por exemplo, tem uma rotina de constantes viagens e tem aulas nos hotéis em que se hospeda:
Colegas de classe
Ainda no tema das opções de lugar, temos o fato de que é muito mais fácil escolher com quem estudar online se vocês não precisam estar no mesmo lugar. De fato, o aluno que tem aulas online pode ter um aulas com alguém que não necessariamente esteja na mesma sala que ele.
Cláudio e Warney, colegas de trabalho, tinham aulas juntos, mesmo não tendo exatamente a mesma rotina na empresa e nem necessariamente estando no mesmo lugar. Muitas vezes,aliás, eles escolhiam fazer as aulas em horários em que não estavam na empresa, justamente fugindo da ‘perguntinha rápida’ e das reuniões que iam terminar 12:30 mas terminavam 13:48. Incrível, não é?
Este é o primeiro de quatro posts sobre como aulas online podem ser tão boas para o aluno quanto para o professor. Em breve trago mais exemplos práticos!
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